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Lua em Primavera

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 Sonhei com este  título "L ua em Primavera"  acredito que é uma imagem poética que simboliza renovação, crescimento e transformação.   Assim, a jornada de uma mulher com câncer de mama é um caminho de autodescoberta, resiliência e renascimento. A lua passa por fases de escuridão e iluminação,  nós,  pacientes oncológicas,  enfrentamos momentos  de incerteza, luto e medo. Na   medida que a primavera chega e a natureza floresce,  também passamos por uma transformação. Assim como as flores desabrocham nosso caminho não é outro se não o de "florescer"

Arte/ Cura

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  A arte que  sempre utilizei para incluir  e resgatar a auto estima dos alunos,. hoje  me cura.. Resgatando a melhor parte de mim.... Tão esquecida no cotidiano .. Ahhh.......Dançar voltar sempre ao primeiro compasso.. O cancer nos faz voltar a nós mesmas, nossa essência ...  Em2017  g anhei uma cicatriz ..  queria transforma- la numa rosa, ou numa borboleta..  Meu corpo ficou levemente assimétrico tentei  buscar a  simetria e o meu equilíbrio de todas as formas .. Hoje  não sei ainda como vou me olhar no espelho.. talvez reconstruida.. Que dilema!!! um corpo táo denso para uma alma que insiste em ser leve...  que transcende  qualquer condição...

Uma parte da minha história

Me chamo  Keyla Ferrari Lopes , professora universitária apaixonada por educação especial e LIBRAS, atuo  também  na educação inclusiva através  da arte.  Sou mãe  de um rapaz de  vinte e três anos e um adolescente de  quinze,  filha caçula de quatro irmãs. Como dizia minha mãe "sou a raspa do tacho". Nunca achei que um dia  fosse capaz de expor  minha vida pessoal, pois  só  escrevo artigos acadêmicos,  livros infantis ou gravo vídeo aulas relacionadas aos temas da minha profissão. Mas para começar minha história,  já digo que nasci com uma pequena falha genética no chip, rs,  brincadeiras à parte, apenas  para dizer que as mulheres da minha família, mães e irmãs tiveram câncer de mama recorrentes  e metástases.  A primeira coisa que lembro da minha infância era ver  a grande cicatriz  e  do lado esquerdo da minha mãe e  a imagem de uma mulher amargurada e depressiva que se sentia mutilada por ter   apenas um seio e um braço maior que o outro. Ela se foi vários anos depois,